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Sílvio Brito - Vizinhos Afinados

Silvio Brito se apresenta em Votorantim

Ele já foi chamado de roqueiro e de sertanejo. Já cantou com Milton Nascimento, Sivuca, Raul Seixas, Roberto Carlos, Tonico e Tinoco e até Os Trapalhões. Um artista livre. Este é Sílvio Brito, que se apresenta neste domingo, às 20h, no Auditório Municipal Franciso Beranger, em Votorantim, com entrada franca, como parte do projeto “Vizinhos Afinados”, uma parceria entre as secretarias de cultura de Votorantim e Sorocaba, com produção do músico sorocabano Carlos Madia.

Completando 30 anos de carreira, o cantor e compositor lançou recentemente o DVD “Nos Bares da Vida com meus amigos”, gravado em uma temporada que o artista realizou no Bar Brahma em São Paulo. Dono de uma incrível marca de mais de três milhões e meio de cópias vendidas de seus 30 discos, tendo recebido quatro discos de Ouro, Silvio Brito já passou por maus bocados. Perdeu seu pai quando tinha apenas dois anos, e passou a infância tendo que trabalhar como engraxate, office-boy e balconista. Paralelo a isso, Silvio começou a sua carreira como cantor, logo cedo, aos seis anos, cantando na rádio de Varginha/MG, cidade onde foi criado. Aos oito, o garoto já se apresentava em festas pelo estado, algumas vezes acompanhado de Milton Nascimento ou Wagner Tiso. Com nove anos ele participou do programa “Almoço com as estrelas” apresentado por Airton e Lolita Rodrigues, e no ano seguinte fez a sua primeira gravação de um disco. A sua precocidade proporcionou que aos 17 anos já fosse um compositor com músicas gravadas por grandes nomes do momento como Ronnie Von, Antônio Marcos, Vanusa e Padre Zezinho.

No auge de sua carreira, quando já se apresentava em programas de TV como Fantástico, Globo de Ouro, Silvio Santos, Raul Gil, entre outros, foi convidado para apresentar o programa "Alleluya", ao lado de Fábio Júnior na TV Tupi. Como apresentador, ainda teve o “Brasil Rural” pelas TV’s Bandeirantes e Record e, recentemente, o programa “Silvio Brito Show, todas as caras”, pela Rede Vida.

O compositor foi citado na auto-biografia de Raul Seixas, como o artista que mais se assemelhava ao “Maluco Beleza”. Ele retribuiu a gentileza com uma música para Raul. Nessa época, Silvio Brito teve diversas composições barradas pela censura. Mas também inovou quando passou a defender a bandeira da música sertaneja no país, quando essa era discriminada por boa parte da mídia. Recentemente, participou (e venceu) do programa “Rei Majestade”do SBT, onde grandes nomes da música, esquecidos pelo tempo, voltaram para interpretar sucessos do passado e atuais.

No show de hoje, o cantor vai apresentar seus grandes sucessos como “Espelho Meu”, “Tá todo mundo louco”, “Pare o mundo que eu quero descer”, além de músicas de outros artistas como “Yesterday” (Beatles), “Gita” (Raul Seixas), e “Alegria, Alegria” (Caetano Veloso). Como de costume no projeto “Vizinhos Afinados”, um artista local se apresenta antes da atração principal. Nesta noite, para abrir o show de Silvio Brito, sobe ao palco a cantora votorantinense Jennifer Lopes. O Auditório Municipal Francisco Beranger fica na rua Newton Soares S/Nº, ao lado do terminal de ônibus, em Votorantim.

O projeto que já trouxe para as duas cidades em 2008 a cantora Inezita Barroso e o compositor Jair Oliveira, ainda tem programado para o ano shows de Caju e Castanha (Votorantim), Nelson Ayres (Sorocaba), Edgard Scandurra (Sorocaba), Kleiton e Kledir (Votorantim) e Kiko Zambianchi (Sorocaba).

Caju e Castanha - Vizinhos Afinados

Caju & Castanha cantam em Votorantim

O projeto “Vizinhos Afinados” volta a unir as secretarias de cultura de Votorantim e Sorocaba para trazer às duas cidades, hoje, a dupla pernambucana Caju & Castanha. Os representantes mais famosos da embolada - ritmo nordestino que une dois cantadores sob o ritmo de um pandeiro, improvisando rimas métricas e rápidas - participam de um bate-papo com os fãs às 16h na Expo Verde, no Parque Natural Chico Mendes, em Sorocaba e fazem show às 20h em Votorantim, no Auditório Municipal “Francisco Beranger”, tudo com entrada gratuita. O projeto “Vizinhos Afinados” tem como seu curador o produtor e músico sorocabano Carlos Madia.

Após 35 anos de carreira e 15 discos gravados, a tradicional dupla continua na estrada mesmo após a substituição de José Albertino da Silva (o Caju original) que morreu de câncer em 2001 e foi substituído por Ricardo Alves da Silva, seu sobrinho. “Ele já tinha o dom do verso, da embolada. Cantava com o nome Cajuzinho, desde pequeno, mas não era profissional”, explica José Roberto, o Castanha.

Mestres nessa arte nordestina, Caju & Castanha ultrapassaram as barreiras da música regional quando participaram da trilha sonora do documentário "Nordeste: Cordel, Repente, Canção", realizado pela cineasta Tânia Quaresma em 1978, ao lado de artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença e Naná Vasconcelos. Também participaram com Lenine na abertura da canção "A Ponte" em 1998, ganhadora do Prêmio Sharp de Música. Apresentam um coco-de-embolada típico, ligeiro e anárquico, com onomatopéias, jogos de trava-língua e temas nordestinos que conquistaram o país.

Em 2002, a dupla lançou o disco de estréia do novo Caju: “Andando de Coletivo” pela gravadora Trama, com participação do irreverente cantor Falcão. Foram premiados 3 vezes pelo Prêmio Tim de Música Brasileira como “Melhor Dupla Regional”. Na última edição do Festival de Cannes, onde se comemorava a 60ª edição, a dupla foi convidada para compor um tema pelo cineasta Walter Salles. Durante a apresentação em terra francesa, foram ovacionados em pé pela platéia e já foram convidados para participar em agosto do Festival de Berlim, que terá como tema a “Literatura de Cordel”. Donos de cinco discos de ouro, os dois estão preparando um novo CD que deve ser lançado ainda em 2008.

Lançamento de documentário abre a noite
Antes do show de Caju & Castanha à noite, haverá o lançamento do documentário “Povo Marcado” de Werinton Kermes e Luciana Lopez. O trabalho retrata a voz da mulher encarcerada, e foi produzido através de um trabalho que vem sendo feito na cadeia feminina de Votorantim. No lançamento, além da dupla mestre na arte do coco-de-embolada, também está confirmada a presença do ator sorocabano Paulo Betti.

Serviço:
Bate-papo de Caju & Castanha com os fãs: às 16h, na Expo Verde, no Parque Natural Chico Mendes, Av. 3 de Março, S/Nº, Alto da Boa Vista, Sorocaba, com entrada gratuita.

Lançamento do documentário “Povo Marcado” e show com Caju & Castanha: às 20h no Auditório Municipal “Francisco Beranger”, ao lado do terminal de ônibus, em Votorantim, com entrada gratuita.

Sorocaba é Show

“Sorocaba é show” reúne grandes artistas da cidade

“É show!” A expressão muito usada pelos jovens como sinônimo de aprovação pode muito bem refletir o cenário artístico de Sorocaba. É com essa certeza que surgiu o “Sorocaba é Show”: um time de grandes artistas da cidade se apresentando no próximo dia 25. O evento da Secretaria de Cultura de Sorocaba e produzido pelo músico Carlos Madia será no Parque Campolim, às 11h com entrada gratuita, e contará com a presença de músicos dos mais diversos estilos que dividirão o palco com uma banda base e com a Orquestra Sinfônica de Sorocaba regida pelo maestro Jonicler Real, além de um coral infantil, para interpretar com novos arranjos orquestrais, especialmente desenvolvidos para essa ocasião por Maurício Trindade e Leonadro Batista, músicas já consagradas pelo grande público. Cada artista interpretará uma ou duas músicas em solo ou duo.

Além da Orquestra e do Coral, devem se apresentar Eraldo Basso, Carlos Madia e Marcia Mah (MPB); Aline Godóy, Fábio Goya, Livinho Fonseca e Robson Silvestrini (Pop e MPB); a dupla Rodrigo Freitas & Xavier (Sertanejo); DJ Pita e MC Poft (Hip Hop); Guimarães (Roberto Carlos) e o grupo Ó do Bgó (Pagode). Ao todo são 120 músicos envolvidos na apresentação.

O repertório vai de Gilberto Gil a Zeca Pagodinho, passando por Guilherme Arantes, Ivete Sangalo, Almir Sater, Gonzaguinha e até Zezé di Camargo e Luciano.

O show contará com uma estrutura de primeiro mundo, equipamentos de última geração, equivalentes aos utilizados pelas melhores orquestras do Brasil e do mundo em concertos musicais ao ar livre. O palco é do tipo Orbital, com cobertura no formato de concha acústica que permite projetar o som e o timbre dos instrumentos de maneira mais eficiente que os palcos comuns. É o mais indicado e utilizado pelas melhores orquestras sinfônicas brasileiras e internacionais.

Uma ótima oportunidade para curtir com a família um ambiente de interação com a natureza acompanhado de boa música. Esse show vem para mostrar que, ao contrário do que diz o ditado, santo de casa, sim, também faz milagre e faz o show.

Don Betto

Don Betto - uruguaio de alma brasileira

Um dos precursores da Soul Music, compositor de diversos sucessos das novelas brasileiras e um dos melhores guitarristas do Brasil, Alberto Lorenzo Nan, conhecido como Don Betto, chegou em 1974 no Brasil, junto com outros amigos músicos, buscando novos horizontes e liberdade para trabalhar, já que em seu país a ditadura tomava conta. Veio de Montevidéo, Uruguai, e tinha no bolso apenas o dinheiro para passar uma semana em um apartamento de temporada, no Rio de Janeiro. A única coisa que ele podia fazer para ganhar dinheiro era o que realmente sabia fazer: TOCAR.

Para Don Betto não foi difícil fazer sucesso no Brasil, já que o ritmo latino chamava atenção de todos. Na primeira noite saiu à procura de um bar que tivesse música ao vivo e descobriu o "Botequim 19". Se apresentou aos músicos, dentre eles Chiquinho, hoje trompetista do Jô Soares, que acabou convidando-o para tocar com ele nas noites cariocas. A partir daí a carreira de Don Betto no Brasil não parou mais. Recebia diversos convites para tocar em bares e assim conheceu o então baterista da Rita Lee, Picolé, que gravava músicas pela extinta gravadora CBS. As portas não paravam de se abrir e Picolé apresentou Don Betto a Lincoln Olivetti, produtor e arranjador musical, que gostou das gingas de sua músicas e das letras doces e fortes. Don passou a trabalhar como guitarrista no estúdio e teve oportunidade de conhecer grandes nomes, como Valter D'ávilla Filho, que era um dos admiradores do seu trabalho. Quando Valter saiu da CBS e passou para à Som Livre, levou consigo uma fita demo de Don, e quando selecionavam as músicas para gravar o seu primeiro LP, Valter "descobriu" a música de maior sucesso para o uruguaio, "Pensando Nela". Don Betto conta que Valter ligou animado para o produtor Guto Graça Melo e disse "achei a música para a novela Dona Xepa". No dia seguinte gravaram a música para a trilha e pouco tempo depois o seu primeiro LP, em 1978, “Nossa Imaginação”.

Don Betto estourou nas paradas de sucesso brasileira nos anos 80. Mas seu trabalho é reconhecido em todo tempo. Como compositor teve músicas cantadas por artistas como Cláudio Zoli, Emílio Santiago, Frenéticas, Peninha, Duda França, Menudos.

Em sua carreira como guitarrista ficou conhecido por tocar, nos anos 80, com a banda de Raul Seixas. Em 1984 começou a acompanhar Raul tocando baixo, substituindo um baixista argentino. Ele tocou o primeiro show e o Raul gostou mais dele, e acabou o deixando na banda, apenas trocando de instrumento, e por anos o acompanhou como guitarrista. “Várias histórias aconteceram nesses anos juntos. Uma delas é que Raul Seixas havia bebido um pouco mais, antes do show, e não conseguia cantar!” Don Betto lembra que como o público de Raul era apaixonado e cantava todas as músicas, eles não tiveram muito esforço de driblar essa "dificuldade".

Hoje o músico mora na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, e se mantém na ativa. Toca em bares conceituados da cidade todos os fins de semana, além de ser chamado para fazer apresentações na grande São Paulo. Uma novidade do músico é a preparação para lançar um CD Acústico. “Já toquei com personalidades como Ed Motta, Pedro Mariano, Jair Oliveira e até o B.B King. Agora convidarei artistas de alto nível para fazer participações do meu CD”, afirma Don. Para estreitar a relação com os fãs ele mantém em seu site pessoal, www.donbetto.com, um podcast onde disponibiliza um programa que traz variedades do mundo uruguaio, como músicas, receitas e até piadas.